A "nossa" escola é um lugar especial onde se encontram mundos, se vivem experiências e se ultrapassam dificuldades. Pode até não ser o mais fácil, o melhor mas é certamente bom porque nele estamos nós.
Onde estamos! Quem somos! A freguesia do Vale da Amoreira pertence ao Concelho da Moita (concelho muito rico e de grande diversidade de colectividade e associações - cerca de 110 -), distrito de Setúbal, que faz parte integrante da Grande Área Metropolitana de Lisboa. A freguesia do Vale da Amoreira, muito embora tenha sido planeada para fornecer melhores condições de vida à população, acabou por traduzir-se num espaço crítico e de precariedade, onde os problemas de exclusão social estão muito patentes. Trata-se de um espaço complexo, com fraca qualidade habitacional, com problemas derivados da grande heterogeneidade cultural e em situação de pobreza, onde a oferta de emprego é escassa, favorecendo a sua condição de “dormitório”, ainda com algumas carências ao nível de equipamentos comunitários e de infra – estruturas de transportes.
No final dos anos 60 inicia-se a construção do Bairro do Fundo de Fomento de Habitação, apoiada pela Câmara Municipal da Moita, alterando desta forma a sua fisionomia de espaço rural. A partir dos anos 70 deu-se uma explosão demográfica, que chegou a ser superior a 200%, no período de 80/86.Com expressão em dois momentos específicos, um em 1974, quando estavam já construídos 604 fogos e onde várias famílias carenciadas foram alojadas. Alguns destes fogos, cerca de 20% foram cedidos com rendas muito baixas e alguns gratuitamente. O outro em 1975 com o grande fluxo de população vinda das ex-colónias, principalmente de Angola e Moçambique, que ocuparam de forma desordenada fogos por terminar. Na luta pela sobrevivência, muitas pessoas, sem ainda estarem concluídos os fogos de habitação, localizaram-se nessa área, carregando o estigma da “despromoção” que, por vezes, ainda hoje é viver para o Vale da Amoreira.
Actualmente, a população do Vale da Amoreira é calculada em cerca de 12.360 habitantes (censos de 2001), repartidas por 3.572 famílias, tendo-seregistado uma quebra de população face aos censos de 1991, que identificavam 13.522 indivíduos. No entanto, alguns diagnósticos e estimativas dasassociações locais apontam para uma população entre as 17.000 e 18.000 pessoas (tendo em conta que grande parte desta população não se encontraria documentada ou legalizada).
Em seguida vamos mostrar um pouco da nossa escola.
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